José do Carmo Francisco



Videntes, astrólogos,
curandeiros e médiuns

Uma pessoa entra no Metropolitano de Lisboa e leva logo com dois jornais grátis. Claro que não são bem jornais. São uma pequena imitação em formato e em qualidade daquilo que supomos ser um jornal com as suas diversas secções e o seu artigo de fundo. Numa coisa, porém, eles são iguais aos outros jornais, aqueles pelos quais temos que pagar um preço. É na presença obsessiva de anúncios de videntes, astrólogos, curandeiros e médiuns.

É espantosa a panóplia de oferecimentos que estes senhores proclamam: resolvem problemas de amor, negócios, família, droga, impotência sexual, inveja, vícios, impotência sexual, retorno de afeição, problemas financeiros, amor, recuperação de empresas, inveja, mau olhado, falta de sorte, problemas financeiros, problemas judiciais, falta de confiança, dificuldade em engravidar, impotência sexual, álcool, drogas, falta de vitalidade. Mas não ficam por aqui: resolvem também amor, negócios, insucesso, inveja, impotência sexual, amarração, drogas, inveja, maus olhados, drogas, álcool, impotência sexual, fertilidade e por último este mimo – faz voltar amigos e amores. Este elenco tem várias repetições mas tal acontece de propósito pois pretendi juntar os cinco professores (são todos professores…) nas suas múltiplas capacidades apregoadas. Seria para rir se não fosse para chorar a pobreza de algumas delas como «problemas judiciais» como se todos nós não soubéssemos que os assuntos dos tribunais só podem ser tratados por quem domine os seus códigos. Isto sem esquecer as «recuperações de empresas» que afinal o IAPMEI não está informado sobre as capacidades destes professores africanos. Só não sabemos quem lhes deu o diploma.

1 comentário:

Anónimo disse...

E também andam na rádio e nas televisões. E se uma pessoa lhes chama vigaristas, resolvem logo o problema...com os advogados que têm, embora lhes ficasse mais barato através das mézinhas que vendem aos outros. Não é? Mas isso é só para os que vão no conto do vigário.